quinta-feira, 17 de junho de 2010

Antiga filosofia de vida conjugal...


Trechos importantes de uma matéria sobre o POLIAMOR...
Segundo a sexóloga Regina Navarro Lins, estamos vivendo profundas transformações. Uma delas, e muito importante, é a quebra de paradigmas em relação ao amor romântico, que prega a fusão entre os amantes em uma coisa só, a tal da alma gêmea. “Hoje, a busca do ser humano é para dentro si a fim de desenvolver sua própria vida. E o amor romântico e idealizado bate de frente com essa postura atual”, diz. E completa: “A exclusividade nos relacionamentos está saindo de cena para dar lugar a novas maneiras de amar, como o poliamor”.

O psicólogo Ailton Amélio da Silva não acredita que o poliamor seja possível na prática para todos. “Na história da humanidade, não foram encontradas culturas em que não haja uma forma de casamento. Relacionamentos e filhos são regulados de alguma forma”, afirma. Ele cita o Atlas Murdock, em que são localizadas no mapa-mundi as várias formas de “casamento” nas culturas: poligamia, monogamia, casamentos arranjados, iniciação sexual pela mãe etc. Foram listadas cerca de 1200 sociedades, das quais, 800 privilegiam a poligamia (apenas sete culturas seguem a poliandria).

“Onde prevalece a monogamia, no entanto, há infidelidade”. Estima-se que nessas sociedades 10% dos filhos não são do pai presumido. “As culturas monogâmicas adotam medidas, às vezes radicais, para coibir a traição, mas não adianta”, analisa. Mesmo assim, o psicólogo afirma que é a favor da fidelidade. “Quem se compromete com alguém não deixa de ver, desejar ou perceber outras pessoas. Mas o custo benefício da infidelidade não vale a pena, embora tenhamos propensões a ela. Por outro lado, temos mecanismo para ser monogâmicos, como o amor”, afirma.

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