Saiba o que pode atrapalhar ela na hora H e como contornar a situação
O orgasmo é o estado mais almejado
por homens e mulheres durante o sexo. Aquela sensação maravilhosa que
invade o corpo e de dever cumprido, entretanto, não chega a algumas
mulheres, que sentem sérias dificuldades em atingir o ápice do prazer
entre um casal, o que, consequentemente, acaba decepcionando também os
parceiros.
De acordo com uma pesquisa
realizada em 2013 pelo Projeto Sexualidade (Prosex), da Universidade de
São Paulo, 34,6% das brasileiras sofrem com a falta de desejo sexual,
sendo que somente 29,3% delas conseguem ter um orgasmo durante a relação
(bem, agora você sabe que há possibilidade da sua companheira ter
fingido todos aqueles orgasmos).
Segundo a sexóloga do site C-date,
Carla Cecarello, fazer a mulher chegar “lá” tem muito mais a ver com o
estado de espírito, clima e carícias, com, de fato, algum problema
físico, como dores e incômodos durante o sexo. “Às vezes a mulher
consegue chegar ao orgasmo se masturbando, mas não consegue ter um
quando está com o parceiro, é o que chamamos de Anorgasmia Situacional, e
está nitidamente configurado a uma dificuldade de se entregar a outro e
de confiar no homem na hora do sexo”, explica a especialista.
As
mulheres, de forma geral, são muito sensíveis ao clima criado. Um dia
podemos estar subindo pelas paredes, no outro, inventar uma dor de
cabeça e recusar qualquer tipo de investida - sim, às vezes fingimos
isso também. Portanto, se você não compreende “em que dia nós estamos”,
ou não pergunta, podem acabar criando a dinâmica errada e não fazer com
que cheguemos ao orgasmo regularmente. É aí que relacionamento começa a
minguar.
De
acordo com a sexóloga, a longo prazo, a falta de orgasmo pode
prejudicar o bem estar emocional da mulher uma vez que ela criará uma
aversão a sexo e evitará transar com medo de sentir dor ou até mesmo
achando que nunca irá se sentir satisfeita. Por isso, conversar a
respeito dos “bloqueios” e ajudá-la a encontrar um psicólogo
especializado em sexualidade o quanto antes é ideal para evitar que o
problema chegue a outros extremos.
“Primeiro a
mulher precisa entender os motivos que a impedem de ter orgasmo.
Entendendo isso, ela irá faz exercícios específicos de terapia sexual
recomendado por esse profissional para conseguir chegar ao orgasmo”,
explica a sexóloga. Carla ainda lembra que a falta de lubrificação ou
queda no desejo, por exemplo, também pode estar relacionado a um
problema físico. “Por isso, o indicado é procurar também um
ginecologista”, recomenda.
Fatores externos
ainda podem fazer com que mulher perca a concentração e até o tesão
durante a relação, frustrando-a ainda mais. “A ejaculação prematura do
parceiro, por exemplo, pode ser um fator que impede a mulher de ter
orgasmos, pois se o cara é rápido demais não dá tempo dela se excitar”,
explica.
Para ajudá-la na hora H, e
proporcionar incríveis orgasmos, também é importante agir. “Se o
parceiro não a toca em um lugar que ela gosta, de um jeito bastante
sutil ou até com delicadeza, a mulher pode mostrar como e onde ela
gostaria do toque. Ou ele pode sugerir uma nova tática”, diz a
especialista.
Além disso, é fundamental que a
mulher esteja bem tranqüila, pois quanto mais calmo e excitante for o
clima, mais ela irá se entregar a relação. “Se o homem tiver ejaculação
precoce vai ficar meio difícil, mas, mesmo assim, ele pode masturbá-la”,
indica. Fazer uso de vibradores e outros brinquedinhos eróticos,
segundo Carla, também são recomendados para ajudar sua parceira a
atingir o orgasmo.
Por fim a sexóloga ainda explica que recorrer a “posições mágicas” e terapias sexuais, como pompoarismo e sexo tântrico,
por exemplo, pode ajudar a mulher com o prazer sexual, mas, antes é
preciso entender os motivos pelos quais ela não confia no parceiro, não
se entrega e não tem orgasmo. “Sendo assim, será difícil atingir por
esses métodos, pois ela vai conhecer a fórmula mas não conseguirá
realizá-la na relação com o outro, pois há um impedimento psicológico”,
explica Carla. “Ela precisa resolver essas e outras questões para poder
fazer este tipo de curso”, conclui.