domingo, 25 de agosto de 2013

Como os pais podem lidar com a notícia da homossexualidade do filho

Terapia pode ajudar pais e filhos a aceitarem melhor a orientação sexual

O que você imagina que acontece numa família quando o(a) adolescente faz a confissão "Pai, mãe, eu sou gay!"?
Nos últimos anos já ouvi no consultório reações que vão da indiferença e aplausos de pais mais modernos, aos gritos dos mais preconceituosos. Ameaça de suicídio da mãe, seguida da ameaça do pai em abandoná-la pelo fato ter os ter criado desta ou daquela maneira. Não raro, dependendo da crença religiosa da família, temos um discurso da possibilidade de que o jovem esteja com o diabo no corpo. Questiona-se quem sabe foram as más companhias que influenciaram. Não, na verdade ele está doente, equivocado, hipnotizado, influenciado, precisa urgentemente de um médico, um psiquiatra talvez... Não faltam pais que gritam em alto e bom som que prefeririam um filho delinquente, vândalo, drogado, alcoólatra, qualquer coisa seria melhor que essa vergonha familiar.
Há pais menos, mas igualmente homofóbicos, que se questionam: mimamos demais ou de menos? Há um sentimento de preocupação e tristeza: não terão netos. Acreditam que, mesmo com a aceitação social da homossexualidade em ascensão e com o fato de hoje em dia haver inclusive casamentos gays, o preconceito existe e a vida será mais "dura" para seus filhos.
Frente ao quadro descrito acima acredito que cabem alguns esclarecimentos, tanto em relação à sexualidade na adolescência quanto ao que é a homossexualidade.
Vou falar do ponto de vista da psicologia e da psicanálise. Inicialmente vale ressaltar que o Conselho Federal de Psicologia publicou em 22 de março de 1999 um decreto no qual fica estabelecido que a homossexualidade não é doença, distúrbio nem perversão e resolve que os psicólogos devem contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizaçoes contra aqueles que apresentam comportamento ou práticas homoafetivas. Ou seja, não há o que curar nem o que mudar visto que não há doença.
Para os pais que se culpam ou para aqueles que culpam as mães pela orientação sexual dos filhos, vale esclarecer que, do ponto de vista do inconsciente, a homossexualidade é produzida por uma série de fatores complexos, muitos dos quais têm pouco a ver com o tipo de criação que a pessoa recebeu. Responsabilizar unicamente os pais, ou pior ainda a mãe, é algo ingênuo, simplório e até grotesco.
Se a homossexualidade é genética ou construída, ainda é um debate aberto. Sabemos que para os genes se realizarem são necessários fatores ligados ao meio ambiente. Ou seja, nada foi provado ainda. O grande argumento a favor da teoria genética é que foi feito um estudo com gêmeos univitelinos: percebeu-se que se um é homossexual a maioria dos irmãos também é. Na verdade, isso acaba sendo um argumento contra a tese, porque se são univitelinos, deveria ter sido um resultado de 100%, já que o patrimônio genético é rigorosamente igual nesses casos.
Talvez vocês considerem estranha a minha observação, mas ao que consta, ninguém ainda saiu voando, viveu mais de 130 anos (a não ser na bíblia), ou viveu sem comer e beber, mas muitas pessoas durante a historia da humanidade amaram pessoas do mesmo sexo, portanto é inegavelmente uma possibilidade humana.
Os adolescentes que sentem atração por alguém do mesmo sexo sentem-se inicialmente diferentes da maioria do grupo. A consciência do desejo sexual acontece progressivamente. Em alguns casos desde a infância. Vale ressaltar que os adolescentes, meninos e meninas, são tão diferentes entre si que não podemos estabelecer uma regra geral em relação ao seu comportamento frente à sexualidade. Independentemente da condição sexual, a transição do corpo infantil para o corpo adulto já exige toda uma elaboração, o que se dirá então quando o menino(a) se descobre diferente e temeroso de perder o amor familiar pelo fato de se descobrir atraído por pessoas do mesmo sexo...

E o que a psicanálise tem a oferecer?

Existe uma ferramenta poderosa tanto para o casal como para um deles individualmente ou para o adolescente: a terapia.
Muitas vezes saber que o filho não é da maneira como os pais imaginavam e queriam abala a relação (inclusive sexual) do casal. Acusações mútuas incessantes dificultam a convivência. Uma análise pode ajudar na descoberta de conteúdos inconscientes presentes na dinâmica do casal que impossibilitam a aceitação do "diferente" dentro da família.
A análise pode ajudar os pais que têm dificuldades em entender o seu filho (mesmo quando o outro membro do casal não quer vir para a terapia). Desta maneira, poderão falar a respeito do que dói. Rememorar profundamente sua própria adolescência e por meio da técnica descobrir e respeitar sua singularidade. Consequentemente entender a singularidade das outras pessoas ao aceitar as diferenças, enfim, amar! Essa é resumidamente a proposta de um trabalho numa abordagem psicanalítica.
Em relação ao adolescente, o trabalho gira em torno da aceitação de si mesmo, oferecendo-lhe a possibilidade de reflexão. Torná-lo menos adoecido pelo olhar e desaprovação do outro. Fortalecendo-o em relação a vários aspectos da vida.
Finalizo com as palavras do psicanalista J. D. Nasio: "Os pais sofrem, pois devem realizar o luto do bebê dócil de ontem que seu adolescente deixou de ser e, ao mesmo tempo, aceitar que o garoto ou a garota de hoje não seja aquele ou aquela que sonharam ter". 

http://minhavida.uol.com.br/familia/materias/16726-como-os-pais-podem-lidar-com-a-noticia-da-homossexualidade-do-filho

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Higiene íntima masculina protege contra doenças e melhora vida sexual

Confira os principais cuidados, desde o banheiro até escolha da cueca

Por Carolina Gonçalves - publicado em 21/08/2013   


Tem muito homem que acha a preocupação com a higiene um exagero, que basta tomar banho todos os dias para estar livre de qualquer problema - mas isso está longe de ser verdade. Imagine a situação: você está naquele momento de intimidade com seu parceiro ou parceira e, ao tirar as roupas, emana aquele cheiro forte da cueca e o pênis está cheio de sebo. Quem merece essa situação? A falta de higiene íntima, tanto para o homem quanto para mulher, pode acarretar em inflamações e irritações na área genital, que vão desde uma coceira chata até infecções graves por fungos, como a candidíase. Mas não pense que é muito complicado manter as partes baixas sempre limpinhas, basta seguir as dicas dos especialistas:

Lavar as mãos

Pênis deve ser enxugado com papel higiênico após urinar
Pode parecer óbvio, mas muita gente se esquece de lavar as mãos depois de usar o banheiro - e no caso dos homens, tão importante quanto a higiene após é a higiene antes de urinar. "Lavar as mãos antes de tocar o pênis é fundamental para evitar o risco de levar bactérias e fungos para região genital", afirma o urologista Ravendra Muniz, do Núcleo de Urologia do Hospital Samaritano de São Paulo. Ao tocar o pênis com a mão suja, o homem está contaminando a mucosa e pele da região com todos os germes acumulados, podendo contrair várias formas de doenças.

Enxugue o pênis

Apesar de não ser habitual, enxugar o pênis após urinar com papel higiênico evita ou reduz a possibilidade que restos de urina fiquem na cueca. "Quando em contato com a pele, esses resíduos favorecem uma inflamação local ou mesmo as infecções fúngicas", diz o urologista Ravendra. O urologista José de Ribamar Rodrigues Calixto, diretor da Sociedade Brasileira de Urologia, afirma que a urina é um meio de cultura para germes, pois é rica em amônia. "Além disso, essas gotas na cueca podem causar um cheiro forte, levando ao incômodo social."

Durante o banho

Lavar o pênis após a relação sexual também ajuda a remover resíduos de sêmen e excesso de lubrificante do preservativo
Assim como no banheiro, muitos homens acreditam que estão fazendo a higiene adequada do pênis durante o banho - mas podem estar se esquecendo de alguns passos muito simples. "A limpeza do pênis no banho envolve puxar o prepúcio (pele que recobre a glande ou cabeça do pênis) até o aparecimento total da glande, passar água com espuma de sabão ou sabonete sobre a superfície da mucosa e/ou pele suavemente, até sair toda a camada de gordura acumulada", explica o urologista José. O especialista Ravendra explica que essa gordura se chama esmegma, e é uma secreção branca composta de células descamadas da pele e óleos produzidos por glândulas penianas, que se acumula entre a glande e o prepúcio. "Após a limpeza cuidadosa da glande, deve-se higienizar toda região genital e anal de forma habitual", completa o urologista Ravendra.

Sem frescuras com o sabonete

"O fundamental na realização da higiene do pênis não é o sabonete, mas o cuidado na maneira de limpar a glande", declara o urologista Ravendrea. A maioria dos homens pode usar sabonete comum de pH 7, que é o neutro, para fazer a limpeza do pênis sem problemas. "No entanto, alguns homens com a pele sensível ou propensão a alergias se beneficiam do uso de um sabonete íntimo masculino de pH fisiológico (pH 5-6)." O urologista José completa dizendo que, caso o homem tenha algum ferimento, pode optar também pelo sabonete antisséptico, associado ao medicamento prescrito pelo urologista.

Higienize após a relação sexual

Cuecas devem ser higienizadas e vestidas totalmente secas
Não precisar se desesperar e sair correndo para o banheiro após o sexo - entretanto, higienizar o pênis depois do ato sexual ajuda a evitar principalmente infeções causadas por fungos, como a candidíase. "Lavar o pênis após a relação sexual também ajuda a remover resíduos de sêmen e excesso de lubrificante do preservativo", afirma o urologista José. Caso o homem não tenha usado preservativo, a higiene também serve para retirar o muco da lubrificação natural da mulher junto com resíduo de secreção espermática após a ejaculação - ambos ricos em substâncias que servem como meio de cultura para bactérias e fungos.

Depilação é necessário?

Não é necessário depilar completamente os pelos pubianos. "A depilação total aumenta a chance de inflamação e infecção cutânea, podendo cursar com foliculites e abscessos de pele", alerta o urologista Ravendra. Ele explica que o cabelo em si é um meio de proteção do organismo, logo tem a mesma função quando se trata da região genital. No entanto, faz parte de uma boa higiene não dar margem para excesso, sendo recomendado aparar os pelos da área genital. "Na base do pelo há glândulas que produzem suor e gorduras para lubrificar e resfriar a pele, e essas podem causar um cheiro desagradável ou servir de alimento para germes, predispondo ao aparecimento de doenças de pele", completa o urologista José. Dessa forma, é importante manter os pelos pubianos aparados e a região sempre limpa, para não dar margem ao acúmulo de fungos e bactérias nocivas.

Cuecas sem aperto!

O uso de roupas íntimas muito apertadas diariamente pode influir na qualidade do sêmen. "Os testículos quando muito próximos do abdômen ficam expostos a uma temperatura corpórea maior, que pode levar a dano temporário da qualidade e quantidade de espermatozoides produzidos", diz o urologista Ravendra. Segundo o especialista, os melhores modelos são as cuecas samba-canção ou boxer, que são mais folgadas, permitem o posicionamento anatômico do escroto e a maior circulação de ar, evitando umidade local. "No entanto, não há comprovação científica de que o uso de cuecas aperta cause algum tipo de doença', declara José de Ribamar.

Aposte no tecido de algodão

A cueca de algodão tem uma série de vantagens. "Esses tecidos absorvem melhor a transpiração que os sintéticos", afirma o urologista Ribamar. Elas também são mais confortáveis por conta de sua superfície macia, que não irrita a maioria das peles. É um tecido natural e é hipoalergênico. ?Ao contrário de nylon e outros materiais sintéticos comumente utilizados para fazer roupas íntimas, cuja incapacidade de absorção e consequente retenção de umidade podem tornar a cueca um habitat para fungos?, explica o urologista Ravendra. Atualmente, além do algodão, existem novos tecidos tecnológicos que buscam a redução da umidade e facilidade de circulação do ar, como os tecidos de fibra de bambu.

Lave bem sua roupa íntima

Cueca não pode acumular no cesto de roupa suja. Isso porque os resíduos e secreções que eventualmente se acumulam na peça podem se proliferar, dificultando a higienização e inclusive arriscando contaminar outras roupas. "A melhor forma de higienizar as cuecas é lavando-as diariamente após o uso e trocando a peça no mínimo diariamente", diz o urologista José.
 

domingo, 4 de agosto de 2013

Como empurrar o seu parceiro para a traição


 
Por Ailton Amélio
 
A incidência da traição vem aumentando muito. Algumas pesquisas recentes verificaram que mais de 70% das pessoas já traíram pelo menos uma vez na vida. As mulheres, que antigamente traíram menos do que os homens, agora estão se igualando a eles e, talvez, até superando-os nesta atividade.
Causas da Traição
Existem diversos motivos para a traição e para o aumento da sua incidência. Os principais deles são os seguintes:
1- Enfraquecimento das barreiras externas que dificultavam a traição
Atualmente, a sociedade condena muito menos a traição do que há uns trinta anos. Por exemplo, a opinião pública não condena tanto aqueles que perdoam uma traição. A lei não considera mais que a traição seja um crime. A religião perdeu muito da sua influência para regular a sexualidade. As mulheres estão se firmando profissional e economicamente e, por isso, conseguem arcar muito melhor com as consequências decorrentes da interrupção de um relacionamento provocadas pela traição. Ou seja, as consequências da traição são bem menores agora para homens e mulheres.
2- É natural sentir atração por várias pessoas.
Quando nos comprometemos com alguém não ficamos cegos, surdos, anósmicos e insensíveis ao tato em relação ao charme, sex appeal e carisma de outras pessoas. Só nos comprometemos a não nos deixarmos guiar por esses atrativos. Mas a tentação está lá a todo o momento.
3- Gostar muito de sexo (alto grau de erotofilia).
Esse grande apetite traz muitos benefícios para o relacionamento. Por outro lado, ele também favorece as fantasias e o desejo por outras pessoas.
4- Gostar muito da variação de parceiros.
O desejo por novidade também é conhecido como “Efeito carne fresca” ou “Efeito Coolidge”. Esse tipo de efeito é captado por ditados populares como “A grama do vizinho sempre é mais verde”.
Esse efeito já foi constatado também em outras espécies de animais. Por exemplo, uma nova fêmea revigora uma boa parte do desempenho sexual de um rato que acabou de transar com outra fêmea até a saciedade.
5- Possuir barreiras internas muito fracas contra a traição
Por exemplo, não possuir valores que impeçam o engano do parceiro; não ter consciência das consequências da traição.
6- Estar muito exposto a tentações.
Por exemplo, ter contato continuado com possíveis parceiros atraentes no ambiente de trabalho. Outro exemplo: possuir muitos atrativos que provoquem o assédio por parte de possíveis parceiros atraentes.
7- Ter um relacionamento insatisfatório com o parceiro
Muitas pessoas têm um relacionamento altamente insatisfatório com o parceiro: acontecem muitas brigas, recebem pouca consideração, pouca amizade e cumplicidade, quase nada de romance e quase não há atração sexual mútua. Quando isso acontece, não é nada surpreendente que apareçam as traições. Essas pessoas perderam boa parte dos motivos para permanecerem leais aos parceiros e se tornam muito vulneráveis quando são bem tratadas por outros possíveis parceiros.
8- Ter um relacionamento sexual insatisfatório com o parceiro
Esse tipo de insatisfação produz motivação direta para a busca da satisfação sexual em outro lugar.
Um único desses oito motivos pode ser suficiente para que ocorra a traição. No entanto, o mais comum é que vários motivos contribuam para sua ocorrência. Neste artigo, vamos examinar essas duas últimas causas da traição porque elas dependem de quem vai ser traído!

Como o mau relacionamento e o sexo insatisfatório empurram o parceiro para a traição

Vamos apresentar aqui algumas das principais maneiras de desenvolver um mau relacionamento com o parceiro e de deixá-lo bastante carente na área sexual.
1- Trate mal o parceiro.
Um relacionamento é agradável quando segue a regra 5 X 1: leve cinco unidades de coisas boas para o parceiro para cada unidade de coisa ruim (John Gottman). Para empurrar o seu parceiro para a traição inverta essa regra: leve mais coisas ruins do que boas para ele. Por exemplo, deixe de admirá-lo. Desinteresse-se do que ele anda sentindo e pensando. Deixe de mostrar que se orgulha dele.
2- Deixe de tratar o seu parceiro como alguém que desperta o seu romantismo e desejo sexual e passe a tratá-lo como um amigo assexuado.
Só mostre desejo sexual por ele na hora de transar. Só mostre aquele tipo de desejo que vem da necessidade sexual e não aquele desejo que é provocado pelos atributos do parceiro. Este tipo de tratamento vai fazer que o seu parceiro também só a veja como uma colega ou amiga, mas aquela colega de trabalho....
3 - Deixe seu parceiro sem sexo por muito tempo.
Esse procedimento vai ter duas consequências no parceiro: (1) vai fazer que ele fique subindo pelas paredes de tanto desejo e (2) vai fazer que ele tente conquistar outras pessoas para testar e melhorar sua autoestima e afastar as duvidas sobre o próprio desempenho sexual.
Ele vai começar a pensar em sexo o tempo todo, vai começar a investir o seu tempo para agradar e atrair pessoas sexualmente atraentes e vai começar a considerar que não é tão grave assim uma traiçãozinha sem consequência.
Além disso, ele vai concluir que você não gosta dele, não tem atração por ele, que ele não é atraente e que deve ser muito mau de cama. Uma maneira de checar se tudo isso que ele está pensando é verdade é tentar conquistar outra pessoa para testar sua competência sexual e melhorar sua autoestima.
É incrível como muita gente passa um tempão sem transar com o parceiro e espera que, mesmo assim, ele se mantenha fiel.
4- Não traga nenhuma novidade para a cama.
Você faz todo o dia tudo sempre igual? Pois bem, o cônjuge pode ir buscar lá fora a novidade que está faltando em casa.
Em parte, esse efeito é inevitável. Transar com o mesmo parceiro por anos em seguida tira boa parte da novidade.
Boa parte das reações de um desconhecido é vista como novidade. Por exemplo, a sua satisfação, admiração e prazer são com aquilo que você está dizendo são novidades. Conquistar e seduzir um novo parceiro é excitante e melhora a autoestima.
Por outro lado, creio que um mesmo casal pode estar sempre experimentando novidades em diversas áreas do relacionamento, inclusive na área sexual. O maior segredo para conseguir isso é deixar que as nossas variações naturais de motivação, emoção e objetivos sejam trazidas para o relacionamento. Só isso já introduz um ótimo grau de imprevisibilidade no relacionamento. Não é necessário programar variações, ler livros sobre como enlouquecer o parceiro na cama ou ir frequentemente ao motel.
A boa regra a ser seguida é: “Prefiro errar um pouco do que corre o risco de abafar o que sinto e penso”.
5- Nunca frequente certos círculos de relacionamento do seu parceiro.
Muita gente nunca compareceu a certos círculos de relacionamento do parceiro. Por exemplo, certas pessoas nunca foram ao local de trabalho do parceiro e não conhecem pessoalmente os seus colegas. Quando há um isolamento desse tipo, o parceiro pode desenvolver uma identidade que não inclui o fato de estar comprometido. Essa ausência também poupa os colegas de ter que mentir para acobertá-lo quando o parceiro traido está presente.
O comparecimento a estes locais de relacionamento do parceiro ajuda a “queimar o filme” do parceiro diante de outros possíveis interessados. Abraçar e beijar o parceiro na frente de outras pessoas faz que os interessados fiquem em uma posição humilhante e nas sombras. Eles terão que disfarçar o que sentem e engolir em seco. Isso estraga o clima que tinham com o parceiro mesmo quando o cônjuge que seria traído não está mais presente.
6- Traia e aumente as chances de ser traído.
“Fez comigo, vou fazer de volta”. “Se ele tem direito, também tenho". "Sinto-me muito mal em uma situação onde tenho menos direito que a outra parte". "Sinto-me bobo e submisso aceitando isso.”
Uma enquete recente com pessoas traídas revelou que uma quatro das mulheres que traem são motivadas pela vingança e pelo princípio da justiça. Um dos princípios que rege os relacionamentos é o dos direitos iguais. Se uma pessoa se dá ao direito de fazer algo o seu cônjuge sentir-se-á lesado e bobo se não se der o direito de fazer o mesmo. Não reparar esse tipo de situação manterá aquela sensação de estar tolerando algo que não devia. Uma situação assimétrica no campo dos direitos e deveres dos parceiros geralmente baixa a autoestima daqueles que se sentem diminuídos com essa assimetria ou que estão tolerando este tipo de situação.
Você está empurrando o seu parceiro para a traição e não consegue parar? Procure a ajuda de um psicólogo.
Grupos de estudo e supervisão de atendimentos sobre relacionamento amoroso e comunicação. Escreva para o meu e-mail ailtonamelio@uol.com.br ou ligue para o meu consultório (11) 3021 5833) para obter mais informações e reservar a sua vaga.

Texto original no blog:
http://ailtonamelio.blog.uol.com.br/arch2013-08-01_2013-08-31.html#2013_08-03_12_42_13-148070539-0