domingo, 8 de junho de 2014

"Adoro ser corno": conheça homens que têm prazer em dividir suas mulheres


Yannik D´Elboux
Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Stefan/UOL
    Cuckolds sentem prazer no relacionamento sexual de suas mulheres com outros homens Cuckolds sentem prazer no relacionamento sexual de suas mulheres com outros homens
Para a maioria dos homens, saber que sua mulher teve um caso com outro é a pior situação que podem enfrentar em um relacionamento amoroso. Porém, o que representa sofrimento para uns funciona como fonte de excitação para outros. Existem homens que gostam de exercer esse papel. São os chamados cuckolds, indivíduos que sentem prazer no relacionamento sexual de suas mulheres com outros homens.

O termo em inglês cuckold vem de cuckoo (cuco), em referência ao pássaro que engana outras aves, depositando ovos em seus ninhos para que elas criem seus filhotes. Em português, é comum o uso da palavra corno ou corno manso. Quem tem esse fetiche aprecia imaginar, ver ou participar de uma transa da parceira com outro homem.

"Eu adoro ser corno", diz, sem titubear, o engenheiro André (nome fictício), 30, casado há seis anos e autor do blog "Corno & Manso". Ele conta que descobriu esse desejo ainda na época do namoro, quando depois de uma briga, a mulher o traiu. Apesar de ter ficado arrasado, André lembra que sentiu algo diferente que não sabia explicar. "Durante uma de nossas transas, pedi para que ela me desse detalhes do que tinha feito com o outro cara", relembra sobre como começou a viver essa fantasia.

Depois de alguns anos apenas imaginando a situação, André resolveu colocar em prática o fetiche, partilhando sexualmente sua mulher. "É um prazer indescritível. Um homem que tem essa fantasia sente-se muito excitado ao ver sua mulher com outro", explica.

Mesmo tendo uma essência comum, o desejo voluntário de ser corno, cada cuckold tem suas fantasias e limites. Alguns sentem prazer em participar do ato sexual, assistindo, estimulando, filmando ou às vezes consumindo o sêmen do parceiro escolhido, e outros preferem apenas ouvir os relatos das aventuras sexuais da mulher.

A experiência de Flávio (nome fictício), 28, analista de sistemas, como cuckold começou à distância, com um encontro de sua ex-mulher com um amante, a pedido dele. "Quando ela chegou em casa, fomos direto para a cama e transamos enquanto ela me contava tudo que tinha acontecido. Foi a melhor transa da minha vida", relembra Flávio, que também mantém um blog, o "Corno Manso de Minas Gerais".

Existem formas de prazer sexual que você nem imagina; conheça 22 curiosas                  


Você já ouviu falar em parafilia? É uma forma de obter desejo, excitação e prazer sexual de modo incomum, pelo menos para a maior parte das pessoas. Não se trata de perversão nem de doença, mas de um comportamento específico que nem sempre envolve a relação sexual como ela é tradicionalmente conhecida. Há quem as utilize como um tempero no sexo e quem só alcança o clímax com essas práticas. No segundo caso, especialistas dizem que os indivíduos devem buscar ajuda se desenvolverem uma fixação ou se a forma exclusiva de obter satisfação começar a causar sofrimento ou prejudicar as atividades cotidianas. Há parafilias que ferem a moralidade e são tidas como psicopatologias, como a pedofilia. As descritas a seguir são variações sexuais que envolvem práticas diferentes e não colocam a vida dos envolvidos (lembrando que a consensualidade é primordial) ou de terceiros em risco. Por Heloísa Noronha, do UOL, em São Paulo Leh Latte/UOL

Humilhação

O universo das fantasias é muito amplo para ser generalizado. Mas, entre os cuckolds, um elemento recorrente desse desejo consiste no prazer pela humilhação, segundo o psicólogo Maurício Amaral de Almeida, formado pelo Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo) e que desenvolve estudos na área de sexualidade humana e comunidades fetichistas.
O psicólogo explica que, no mundo fetichista, os participantes dividem-se em tops, aqueles que gostam de exercer o poder, bottoms, que querem ser objeto de poder, e switchers, pessoas que alternam esses papéis. "O homem praticante do cuckold se encontra no espectro bottom, isto é, o seu prazer se origina em se sentir objeto de poder, da sua mulher e eventualmente do homem que a possua", esclarece.

O funcionário público Ulisses (o sobrenome foi omitido para preservar sua identidade), 32, criador do blog "Sonho de Manso", descreve o prazer que encontra na humilhação: "Gosto de ficar em segundo plano, ser lembrado sempre, mas levemente humilhado pela sensação de ceder a posição de macho alfa".

Apesar de não se considerar bissexual nem cogitar uma relação homoafetiva, ele não rechaça o contato com outro homem durante a prática do cuckold. "No contexto sexual, envolvendo a satisfação da mulher e seu macho alfa, eu e boa parte dos cuckolds aceitamos servir sexualmente, se isso convier a todos", afirma Ulisses, que foi casado por oito anos e atualmente está separado.

Esse comportamento não é uma regra. Existem cuckolds que preferem não ter nenhum tipo de contato físico com o "amante". Mesmo que exista o envolvimento sexual, geralmente isso não tem ligação com a homossexualidade, já que o típico cuckold gosta de se relacionar com mulheres, preferencialmente dominadoras. "Embora possa haver casos isolados, na maioria das vezes, o cuckold não envolve a compensação de homossexualidade não assumida", diz Maurício de Almeida. 

Ciúme

A despeito do prazer que sentem vendo a mulher com outro, os adeptos dessa fantasia não estão imunes ao ciúme. "Sinto muito ciúme, a ponto de querer desistir, mas o fetiche fala mais alto. Se não houvesse o ciúme, acredito que não seria tão bom", assume Flávio.
Apesar disso, os cuckolds não costumam ver a fantasia como um risco para o relacionamento ou um sinal de que não existe amor. Em suas investigações para um doutorado sobre sexualidade em praticantes de sexo liberal no Brasil, o pesquisador Edson Vasconcelos, professor de Sociologia da UEPB (Universidade Estadual da Paraíba), nota que não há em boa parte daqueles que vivenciam essas práticas a impressão de estarem fazendo algo que comprometa a relação.
"Vários deles já informaram que sua realização no cuckold reside no fato de querer apimentar ainda mais a relação e que isso também seria uma forma de demonstrar o amor que sentem pelas suas parceiras", relata o pesquisador.

Desejo de ambos

Antes de revelar um desejo como esse é preciso perceber bem os sinais do outro. "É fundamental saber os interesses do cônjuge e até que ponto se sente pronto para vivenciar outras práticas que vão além do sexo a dois", diz Vasconcelos.
Quase sempre, a prática é unilateral, ou seja, apenas as mulheres têm relações extraconjugais. E, para que a fantasia funcione, a mulher ou namorada também precisa ter a vontade de se relacionar sexualmente com outros homens.
A internet é o principal ponto de encontro para a realização do fetiche. E muitas vezes o casal viaja para outras cidades para poder manter a fantasia em segredo, longe do julgamento alheio. "Nenhum homem gosta de levar o fetiche para o dia a dia. Não é uma coisa que se conte para os amigos, é um lance do casal", diz Flávio. 

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Encontro dos Casais Liberais Nudistas está agendado!

No feriado de 19, 20, 21 e 22 de Junho próximo.


Chácara em Bela Vista a 40 km de Goiânia com Piscina, trilhas na mata, quadras de esporte, salão de jogos, área verde, nudismo e muito mais! Ambiente discreto e acolhedor!

Importante: Não oferecemos serviços de alimentos e bebidas. As refeições incluídas no valor são coletivas. Traga sua própria bebida. No local existe geladeira, freezer, e estrutura de cozinha. Caso faça uso de alimentação especial, você mesmo poderá fazer sua comida. Se preferir acampar, traga sua própria barraca. Em todos os casos citados trazer roupa de cama.

Aguardamos sua reserva até o dia 16/06. Esperamos por vocês!


skype: DUOGYN@HOTMAIL.COM
email: menagegyn@gmail.com
 
Informações: 62 9405 5734 ou 8329 2390 com Carlos e Ana Paula (facebook).

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Casais Liberais Nudistas - CONVITE

CONVITE

Dias 24 e 25 de Maio (sábado e domingo)

Piscina, trilhas na mata, quadras de esporte, salão de jogos, área verde, nudismo e muito mais! Ambiente discreto e acolhedor!
Estamos organizando um encontro de Casais Liberais numa Chácara em Bela Vista a 40 km de Goiânia (ônibus passando em frente ao local que sai do Term.da Bíblia).
Casal - R$ 200,00 o pernoite em Chalé ou Quarto com direito a todas as refeições (café-da-manhã, almoço e jantar),
Solteiro (apresentado e acompanhado por casal) - R$ 200,00 o pernoite em Chalé ou Quarto com direito a todas as refeições (café-da-manhã, almoço e jantar),
Solteira (apresentada e acompanhada por casal) - Grátis.
Importante: Não oferecemos serviços de alimentos e bebidas. As refeições incluídas no valor são coletivas. Traga sua própria bebida. No local existe geladeira, freezer, e estrutura de cozinha. Caso faça uso de alimentação especial, você mesmo poderá fazer sua comida. Se preferir acampar, traga sua própria barraca. Em todos os casos citados trazer roupa de cama.
Aguardamos sua reserva. Esperamos por vocês!


skype: DUOGYN@HOTMAIL.COM
email: menagegyn@gmail.com
http://casaisliberaisnudistas.blogspot.com.br/
Informações: 62 9405 5734 ou 8329 2390 com Carlos e Ana Paula.Casais Liberais Nudistas.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

G0ys são heterossexuais mas ficam com outros homens

23 de abril de 2014 •

Entenda conhecidos como g0ys, amigos trocam beijos e carícias, mas não se dizem homossexuais.

Homens se relacionam entre si, mas só praticam sexo com mulheres
Foto: Getty Images
  • Thais Sabino
 
Eles são homens, fazem sexo apenas com mulheres, não se identificam com os valores e comportamentos dos gays, mas se intitulam com uma palavra parecida: “g0y”. São heterossexuais, no entanto, liberais nas relações com outros homens. Entre os amigos g0ys, podem rolar beijos, amassos, sexo oral e carícias íntimas, mas “não há sexo (penetração anal). As relações g0ys são mais homoafetivas”, explicou um dos líderes do movimento no Brasil, Master Fratman. É uma amizade masculina sem preconceitos, de acordo com o g0y Joseph Campestri. Segundo ele, são homens que se permitem demonstrar carinho e sentimentos por outros, e estão fora das normas homossexuais e heterossexuais solidificadas na sociedade. 
O movimento surgiu nos Estados Unidos no início dos anos 2000, nas fraternidades masculinas universitárias, entre skatistas e surfistas, segundo informações de líderes. No Brasil, a filosofia g0y começou a ser divulgada por blogs dez anos depois, de acordo com Campestri, um dos pioneiros a abordar o assunto no País, e logo se espalhou. Em novembro, uma das principais comunidades de g0y no Facebook reunia apenas 43 membros. Em abril deste ano, o número passou para quase 700. O site ‘heterogoy’ existe há menos de dois meses e tem mais de 1 mil acessos diários. Brasília, Salvador e Rio de Janeiro são os locais em que o movimento tem mais força, segundo Fratman. “Aproximadamente 70% dos g0ys são heterossexuais e se relacionam com mulheres, 30% são exclusivamente homoafetivos”, afirmou Cláudio La Paz.
Defensor da bandeira g0y, La Paz comparou os relacionamentos ao caso vivido pelos personagens Jack Twist (Jake Gyllenhaal) e Ennis del Mar (Heath Ledger) no filme O Segredo de Brokeback Mountain. “Nós sentimos atração e gostamos do semelhante. Não desejamos atos desiguais, a relação gay no nosso entendimento não é igualitária, no momento em que estabelece a figura do ativo e do passivo, cria-se a tentativa de cópia de uma relação de cópula heterossexual”, explicou La Paz. Entre os g0ys acontece tudo de igual para igual, na maioria das vezes entre amigos íntimos. Pode ainda existir relação mais séria, como um namoro, chamado pelos g0ys de bromance, “romance entre brothers”, disse Fratman. 

“Gosto de me relacionar com mulheres e ter um amigo íntimo”, diz Milton Bahia 

Os relacionamentos acontecem, geralmente, entre “colegas de faculdade, de trabalho e contatos feitos pela internet”, afirmou Milton Bahia. O bromance, segundo ele, não é tão comum quanto o envolvimento duradouro com mulheres. “Gosto de me relacionar com mulheres e ter um amigo íntimo. A maioria dos g0ys que eu conheço tem namorada”, disse Bahia. De acordo com Campestri, a maior parte deles deseja encontrar uma mulher, ter relações sexuais com ela, casar, ter filhos e constituir uma família. “Até mesmo porque a filosofia partiu dos heterossexuais não tradicionais”, reforçou o g0y. 

“Minha atração por mulheres é muito superior à pelos homens”, afirmou La Paz

O vídeo “g0ys rugby g0ys”, publicado no Youtube e com mais de 40 mil visualizações, mostra exatamente o tipo de relacionamento descrito pelos entrevistados. Um grupo de amigos faz jogos, ingere bebidas alcoólicas e em meio às brincadeiras, se beijam, se abraçam, trocam carícias íntimas e se divertem. O vídeo ainda exibe a mesma turma flertando com mulheres. “Minha atração por mulheres é muito superior à sentida pelos homens”, afirmou La Paz. Casado há três anos, ele assumiu ser g0y há um ano e meio e acredita que o casamento só melhorou. “Hoje nós passeamos juntos, as discussões diminuíram e o sexo também melhorou. Eu era muito afoito, querendo provar ser macho, hoje há mais carinho”, relatou. Os relacionamentos com outros g0ys só acontecem em viagens, segundo La Paz.

Divorciado, Bahia contou que gosta de preliminares com homens e mulheres, mas não pratica sexo anal com qualquer um dos gêneros. Na adolescência, ele sentia “algo estranho” ao ver homens de cueca e até chegou a pensar que era gay. Namorou mulheres e aos 21 anos conheceu um homem pela internet que compartilhava dos mesmos desejos afetivos. Já Fratman tem outro perfil: é solteiro, e só se relaciona com mulheres quando sente afinidade, “pela atitude ou personalidade”. Apesar do interesse pelos dois gêneros, ele não se considera bissexual: “o bi transa com homens e mulheres, um g0y pode ter relacionamento exclusivamente afetivo e se tiver desejo faz sexo só com mulheres. Não é um oba oba”, afirmou. Os valores heterossexuais se mantêm, mas com espaço para a homoafetividade, segundo ele.
“Sentia algo estranho quando via homens de cueca e cheguei a pensar que eu era gay”, Milton Bahia
G0y é um termo só para homens
Os g0ys são homens e a denominação não vale para mulheres que mantenham relações afetivas entre si, de acordo com Campestri. Elas já fazem isso naturalmente e “não foram programadas para serem distantes umas das outras. Têm facilidade em serem atenciosas e afetivas com pessoas do mesmo gênero”, afirmou. Assim como as mulheres não perdem a feminilidade ao trocarem carinhos, os g0ys também não são “menos homens” por deixarem o lado afetivo mais aflorado, complementou. 

Preconceito gay
Parte dos g0ys já foi bissexual no passado, portanto, segundo La Paz, é comum acontecerem recaídas e interação com o mundo gay, principalmente os homens mais velhos. Apesar da proximidade, é dos homossexuais masculinos que os g0ys sofrem mais preconceito, de acordo com os entrevistados. “Nos recriminam, nos acham um bando de enrustidos fazendo moda”, detalhou Bahia. A sociedade em geral, na opinião de Campestri, foi tão programada que vê de forma negativa todas as demonstrações de afeto entre homens. “Os g0ys começaram a ser vistos em âmbito nacional pelo prisma do equívoco, da suspeita e da dúvida”, afirmou. Em relação às mulheres, Fratman acredita em compreensão conforme entendem o que são os g0ys. “Passamos a ser um bom partido, afinal somos desejáveis, masculinos, fiéis e, no geral, bonitinhos”, continuou.  O g0y ainda afirmou que homens heterossexuais mantêm amizade com g0ys e até as mulheres deles. Depois de torcerem o nariz, se aproximam “à medida que começam a perceber a diferença entre sexo e afeto”. 


Terra

terça-feira, 4 de março de 2014

Mulheres com mais de 70 têm "o melhor sexo de suas vidas"

 
  • Thinkstock
    Pesquisadora americana conclui que mulheres mais velhas são mais aventureiras e confiantes na sua sexualidade que as jovens Pesquisadora americana conclui que mulheres mais velhas são mais aventureiras e confiantes na sua sexualidade que as jovens
Segundo a crença popular, o desejo e a atividade sexual diminuem com a idade, especialmente nas mulheres. Mas uma acadêmica da American University, de Washington, sugere que mulheres com mais de 70, 80 ou até 90 desfrutam a melhor atividade sexual de suas vidas.

Iris Krasnow, professora de Jornalismo e Estudos Femininos, entrevistou 150 mulheres entre 20 e 90 anos sobre os seus segredos mais íntimos e teve conversas surpreendentes e reveladoras - que acabada de publicar no livro Sex After...: Women Share How Intimacy Changes as Life Changes ("Sexo depois dos...: Mulheres compartilham como a intimidade muda com as mudanças da vida", em tradução livre).

Krasnow abordou o assunto de vários ângulos, indagando sobre a atividade sexual em diferentes fases da vida: depois da faculdade, da maternidade, da menopausa e da viuvez.

Descobriu que as mulheres mais velhas eram mais aventureiras e mais confiantes na sua sexualidade que as jovens que estão em fase de "envolvimento" ou namoro. "A era da senhora", diz.

'Frágil, enrugada e seca'

Suas entrevistadas eram de diferentes idades, classes sociais, raças, culturas e religiões. Mas o fator comum é que relatos de sexo bom estavam sempre ligados ao desenvolvimento de intimidade e conexão emocional.

"As pessoas pensam sobre o sexo até o momento em que morrem", disse Iris Krasnow, em entrevista à BBC Mundo (serviço espanhol).

E, de acordo com o que dizem, não estão só pensando, mas também praticando e se divertindo. "A era da mulher de 78 anos, frágil, enrugada e seca é coisa do passado", disse a autora.

Ela acrescentou que as mulheres entre 80 e 90 anos estão na faixa etária que mais cresce dentro da população idosa, em muitos países ocidentais. O que estamos vendo agora é não só um aumento na longevidade, mas o aumento da atividade sexual neste setor da sociedade.

Este crescimento da expectativa de vida vem com melhores remédios, mais vigor, mais exercício, melhor dieta e saúde - o que resulta numa população de terceira idade mais sexual e saudável do que antes.





Sexo reduz o estresse e ajuda a evitar resfriados; conheça mais benefícios10 fotos

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TER ORGASMOS É MELHOR PARA O CÉREBRO DO QUE FAZER PALAVRAS CRUZADAS: a afirmação é de Barry Komisaruk, pesquisador da Universidade Rutgers, no estado de Nova Jersey, Estados Unidos. Por meio de seu estudo, ele concluiu que, durante o clímax sexual, há um aumento no fluxo de sangue, fazendo com que mais nutrientes e oxigênio cheguem ao cérebro. E enquanto os exercícios mentais, como palavras cruzadas e sudoku, aumentam a atividade cerebral em regiões localizadas, o orgasmo ativa o cérebro como um todo Arte/Uol
Igualmente arcaico, indica Krasnow, é o mito de que as mudanças fisiológicas, como a menopausa, cirurgias de câncer ou histerectomia (retirada do útero), não permitem o desenvolvimento da atividade sexual saudável.

"Uma das minhas entrevistadas fez uma histerectomia aos 30 e, depois disso, melhorou sua vida sexual", deu como exemplo. "Também inclui no livro as histórias de mulheres de 90 que estão iniciando relacionamentos", destacou.

Segundo a especialista em Estudos Femininos, a alegada incapacidade das mulheres permanecerem sexualmente ativas na velhice é um mito perpetuado por homens mais velhos que querem firmar sua juventude e, com a ajuda de Viagra, buscam relacionamentos com mulheres mais novas.

Embora não seja necessariamente defensora do uso de medicamentos, que podem ter efeitos colaterais graves, a acadêmica argumenta que hoje há acesso a uma gama de opções de tratamentos, desde os hormonais e lubrificantes aos antidepressivos, que podem devolver o entusiasmo e a capacidade de desfrutar do sexo.
Saúde e aparência

Iris Krasnow divide as mulheres que se reencontram com sua sexualidade após os 65 anos em duas categorias:

A primeira é a do "ninho vazio" - aquela mulher que terminou de criar os filhos, adolescentes e estudantes universitários, e estes já saíram de casa.

Se antes estavam sobrecarregadas pela agitação doméstica, ocupadas em levar as crianças para lá e para cá ou preocupadas com que alguma delas a surpreendesse fazendo amor com seu parceiro, agora estão comemorando as possibilidades oferecidas por esta última fase da vida.

Essas mulheres e seus parceiros estão geralmente aposentados, mas ativos e conectados com o mundo exterior por meio de dispositivos modernos e redes de comunicação. Mas, principalmente, eles estão relaxados.

"Uma mulher me disse que, pela primeira vez, fez sexo na cozinha e estava experimentando um vibrador", disse Krasnow.

A outra categoria é a viúva. A mulher que foi casada por 55 anos e cuja vida sexual passou de ardente a aborrecida e, finalmente, inexistente. A que cuidou de seu marido doente por dez anos e o viu morrer.

"Agora essa viúva conhece outro viúvo - jogando golfe ou cartas - e os dois começam a praticar carícias de formas que nunca fizeram. Isso torna-se o melhor sexo de suas vidas", disse ela.

Um aspecto importante é a boa saúde, conseguida através de atividade e dieta adequadas.
Getty Images



quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Depilação íntima: conheça os prós e os contras de adotar o look natural

Isabela Leal
Do UOL, em São Paulo

  • REUTERS/Brendan McDermid
    Manequins com pelos pubianos fartos e aparentes causaram polêmica na vitrine da loja American Apparel, no bairro do Soho, em Nova York Manequins com pelos pubianos fartos e aparentes causaram polêmica na vitrine da loja American Apparel, no bairro do Soho, em Nova York
Depois de reinar durante, pelo menos, três décadas, a depilação total ou quase total da região pubiana – conhecida como Brazilian Bikíni Wax – parece perder força, principalmente nos Estados Unidos, onde dominou os salões de beleza e a preferência popular das mulheres durante muitos anos.

Alguns fatos recentes, registrados pela mídia internacional, mostram que começa a surgir uma preferência por um look mais natural, com pelos generosos. A tendência começa a pegar força especialmente por conta do aval de famosas como Lady Gaga, que foi fotografada para a capa da revista "Candy" com pelos púbicos plenos; a atriz americana Gwyneth Paltrow, de "Homem de Ferro 3", que revelou sua preferência por um visual mais natural, estilo anos 70; e da atriz Cameron Diaz, que em seu livro "The Body Book", lançado recentemente, dedica um capítulo exclusivo ao assunto, onde diz que é contra a depilação íntima e enaltece os pelos pubianos, sob o argumento de que servem como uma linda cortina ao galanteio masculino, atiçam a imaginação dos amantes e criam um certo ar de mistério sobre "os tesouros privados".

E no Brasil – a onda pega?
Por aqui, a polêmica ficou por conta da atriz Nanda Costa, que na capa da Playboy de agosto do ano passado, posou com pelos pubianos fartos e causou alvoroço, mais do que tudo por ser uma escolha fora do senso comum. No entanto, essa tendência de resgatar um visual mais natural parece estar distante dos hábitos das brasileiras. "Não percebemos nenhuma mudança nesse sentido. Isso é folclore. Algumas mulheres não depilam mesmo, por medo, por desconhecer o benefício, pelo custo ou por vergonha. Mas quando o fazem pela primeira vez, dificilmente deixam o método de lado. A região fica mais bonita, com um aspecto de pele bem cuidada e a sensação de limpeza e higiene é indiscutível", declara Regina Jordão, diretora da rede Pello Menos, com 49 lojas distribuídas no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba e Amazonas, que conta com uma clientela de 100 depilações por dia.

Depilar ou não depilar?
Eis a questão. Além dos fatores estético e cultural, essa decisão é muito subjetiva. Mas é quase impossível falar de depilação sem associar ao aspecto da higiene, apesar dessa ligação dividir a opinião dos médicos. "O fato de algumas mulheres não se depilarem não significa que tenham menos higiene. Desde que façam higienização regularmente com sabonetes comuns ou específicos para esta região", diz a dermatologista Luciana Abbade, da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp).

Já, para a ginecologista Rose Amaral, do Ambulatório de Infecções Genitais e Vulvares do Hospital da Mulher, da Unicamp, a depilação é um fator que favorece, sim, a higiene. "Porque não retém resíduos de soluções biológicas, como suores e urina, assim como resíduos de produtos usados para higiene pós miccional, como papel higiênico, que podem acumular com mais frequência quando existe uma quantidade maior de pelos na região".

Look natural requer cuidados
O fato de adotar um visual mais primitivo, sem se depilar, não significa uma carta de alforria em relação aos cuidados. O conforto de não precisar fazer a depilação é uma vantagem, sem dúvida, mas ao contrário do que parece, adotar o "estilo natural" também exige manutenção – simples, mas necessária. "É importante manter os pelos curtos, para isso, basta cortá-los cuidadosamente com uma tesoura", declara Rose Amaral. Além disso, a ordem é caprichar na higiene.

Proteção natural
Assim como os cílios e as sobrancelhas, os pelos pubianos têm a função de, entre outras coisas, serem para-raios de impurezas e até prevenir doenças. "Todos os pelos têm função de proteção contra agentes nocivos externos, como produtos químicos, fungos e bactérias. Infecções sexualmente transmissíveis como herpes genital e verrugas genitais, causadas por HPV, podem ter uma "porta de entrada" facilitada nas pessoas que se depilam totalmente, uma vez que a barreira natural está ausente. Além disso, os pelos pubianos protegem contra vulvovaginites e outras infecções cutâneas desta região", afirma Luciana Abbade.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Mulher precisa se soltar e dar 'manual de instruções'

Eles falam: por orgasmo, mulher precisa se soltar e dar 'manual de instruções'

Mostrar como sentem prazer, indicar zonas erógenas no próprio corpo e dar palpites para o parceiro o ajudam a proporcionar mais prazer, segundo os entrevistados



Entrevistados disseram que homens querem saber como proporcionar mais prazer às parceiras Foto: Getty Images
Entrevistados disseram que homens querem saber como proporcionar mais prazer às parceiras
Foto: Getty Images
  • Thais Sabino
       
A Durex Global Sex Survey, sobre o comportamento sexual das pessoas, foi divulgada no Brasil pela psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (Prossex) e mostrou que apenas 22% das mulheres sempre chegam ao orgasmo no sexo, contra 52% dos homens. Do total, 28% delas alcançam mais fácil o clímax quando se masturbam do que em companhia do parceiro. O motivo, segundo os entrevistados pelo Terra, é o pudor que a mulher ainda sente na hora de se entregar completamente na cama e instruir o homem: “justamente por esse tabu do silêncio feminino existir, a tendência é haver uma relação fria, criando sempre um ponto de interrogação da cabeça do homem”, disse o educador físico A. P. F.

A pesquisa também descobriu que os homens estão cada vez mais preocupados em satisfazer as parceiras, e os entrevistados foram prova disso. Eles contaram que ainda existem os machistas “que se preocupam mais com o próprio prazer”, disse o líder de projetos de infraestrutura de T.I. Rômulo Graciose. No entanto, “a situação tem melhorado bastante e hoje existe a preocupação com o prazer mútuo”, acrescentou. Segundo Graciose, homens e mulheres têm pesquisado sobre como proporcionar sexo de qualidade para a outra parte. “Acredito que não haja nada mais excitante para um homem do que ver a respectiva parceira tendo prazer. Independente se tenho sucesso ou não, o que busco no sexo é o prazer da minha parceira, o meu será consequência”, disse o gerente de negócios J.V.C.L.

Mas nem sempre todo esse esforço surte bons resultados, geralmente, segundo eles, pela não correspondência da mulher. “Pouca conversa” e “vergonha” estão entre as razões, na opinião de A.P.F. “Percebo, às vezes, muita timidez nas mulheres, talvez pensem que se fizerem um bom sexo acharemos que são ‘profissionais’. Algumas realmente não se entregam na cama, isso as trava e dificulta o orgasmo”, complementou J.V.C.L. O analista de projetos em T.I. Nairo Alberto Rocha expressou opinião parecida. Para ele, o preconceito social contra mulheres que gostam – e não escondem – de sexo acaba causando inibição. O problema surge ainda na puberdade, enquanto os homens recebem revistas pornôs e são incentivados à masturbação, elas são educadas a se preservarem.

A consequência das restrições que a mulher sofre durante a adolescência implica na falta de conhecimento do próprio corpo e até de como obter prazer, disse Graciose. As mulheres sentem medo de serem julgadas por algo tão comum na vida dos homens: a masturbação, disse Rocha. “Consequentemente, tem em qualidade o mesmo prazer que nós”, acrescentou. Aumentar o interesse sobre o sexo e o próprio corpo, sentir prazer no que faz e mostrar o caminho para o parceiro podem melhorar a vida a dois, sugeriu A.P.L.

Manual de instruções
Os homens não têm bola de cristal e, por mais que queiram, podem passar a vida sem descobrir qual é a forma de sexo e preliminares que as parceiras gostam se elas não falarem. Segundo Graciose, essa ainda é uma falha do universo feminino. Quando o homem perguntar o que ela gosta, basta deixar a timidez de lado e “jogar aberto”, afirmou Rocha. “Tudo se torna mais fácil na relação quando há sinceridade e espontaneidade. A chance de fluir o prazer é bem maior”, acrescentou A.P.F.

Para J.V.C.L, quanto mais relaxada a mulher estiver e disponível para a relação, mais fácil ela sentirá prazer. “Ser soltar mais, ser mais ativa, dar mais palpites na cama e dizer o que elas querem e gostam sem medo”, sugeriu Graciose. “Um simples ‘faça assim ou assado’ pode ser suficiente para facilitar o orgasmo da mulher. Acho muito válidas as instruções durante o sexo”, completou J.V.C.L.