sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Prisioneiro livre...


“Auto-estima é a capacidade de sentir prazer em sua própria companhia”.
Prisioneiro, é como me sinto em muitas das ocasiões, como domingos, feriados e alguns dias da semana quando o chefe está de mau humor.
Prisioneiro pela minha opção em decorrencia das obrigações e deveres que me fazem viver aqui e que não me deixam simplesmente viver a vida tal como ela deva ser vivida. Viver a Vida é utópico e ao mesmo tempo antológico, mas o desejo dessa esperança possibilita a vivência do sonho, o sonho de algum dia atingir uma vida melhor... E esse Sonho é quase tudo!
Aqui não é a penitenciária do Cepaigo, nem Guantánamo nem menos Carandirú que foi a pique. Mas acredito que nos sentimos, como se lá estivéssemos, independentemente de quem sejam os nossos colegas de celas imaginárias.
Às vezes não seria legal deixar que nossos entes queridos saibam o que é prisioneiro livre, em outras vezes, penso que deveriam saber sim, para poder dar valor a cada centavo que conquistamos aqui, a cada gota de suor misturado às vezes com lágrimas de saudades.
Aqui é onde o filho chora e a mãe não vê. De vez em quando me pergunto se não estamos nos vendendo por um valor baixo, valor que digo não é financeiro, mas emocional. Se compensa chegar mais ou menos a um passo da eternidade subterrânea e se sentir um prisioneiro das necessidades básicas da vida de um trabalhador em fim de carreira.
Nossa, estou muito melancólico...
Também, meus vizinhos brasileiros ficam ouvindo música sertaneja e chorando de saudades do Brasil.

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